
A Fundação João Goulart realizou a entrega do Prêmio Bora Falar do Rio, da Prefeitura do Rio, que premiou as melhores monografias de graduação com a gestão pública no nível estratégico como tema do trabalho e com pertinência à cidade e à metrópole do Rio de Janeiro.
Os objetivos do Prêmio “Bora Falar do Rio” foram estimular, reconhecer e dar visibilidade aos autores de estudos sobre áreas estratégicas da gestão pública contribuindo com a cidade do Rio de Janeiro.
As três melhores monografias vencedoras receberam bolsas em cursos do Instituto de Ensino e Pesquisa – INSPER, instituição parceira neste prêmio. Além disso, convite para publicação do resumo expandido das monografias em edição da Cidade iNova – Revista Carioca de Gestão Pública, publicação das monografias premiadas no RepertóRio e publicação dos nomes dos vencedores no Diário Oficial.
Para saber um pouco mais sobre nosso parceiro de prêmio, começamos pela instituição, que se dedica ao ensino e à pesquisa e não tem fins lucrativos. Oferecem cursos de graduação, pós-graduação lato e stricto sensu, além de educação executiva e customizados. Os objetivos compreendem não apenas o conteúdo acadêmico, mas também o desenvolvimento de competências essenciais, tais como habilidade de análise e resolução de problemas, trabalho em equipe, liderança, argumentação e pensamento crítico.
Sobre a parceria entre Fundação João Goulart e INSPER, convidamos André Marques, Coordenador Executivo do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Instituto, que vai falar sobre a importância de projetos como este e ações que envolvem gestão pública e aprendizados.
Para o Insper, qual a importância de uma parceria como esta com a Fundação João Goulart?
O Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper tem como missão “Melhorar a sociedade brasileira, por meio da formação de pessoas e geração de conhecimento em gestão e políticas públicas, se baseando sempre em evidências para o desenho, implementação, gestão e avaliação das políticas públicas, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social nas esferas municipais, estaduais e federais.”
Essa missão está totalmente alinhada com o objetivo da Fundação. Por isso, essa parceria é muito importante para que em conjunto possamos caminhar em direção à entrega de serviços públicos de qualidade para a população.
Como você pensa que instituições acadêmicas, como o Insper, e instituições de governo, como prefeituras municipais, podem contribuir para aprimorar o serviço público no Brasil?
Não existe mais espaço para “achismo” na gestão pública. Temos de um lado um país cada vez mais desigual. De outro, temos um amplo leque de políticas públicas implementadas no Brasil e no mundo e muito já foi avaliado para identificar o que deu certo (e porque) e o que não deu certo (e porque). Os conteúdos desenvolvidos no Insper, sejam as pesquisas como cursos de curta e longa duração, têm a preocupação de serem baseados em evidências e não em opiniões. E as diversas instituições de governo têm a necessidade de serem cada vez mais assertivas em suas políticas públicas. Não há recursos (humanos, financeiros, etc) para tentativa e erro. Por isso, a integração entre a academia preocupada com a aplicação e os governos é fundamental para que sejamos mais assertivos em atender as demandas da população. E a capacitação continuada não só de servidores, mas de todo o ecossistema que lida com problemas públicos complexos, é uma chave para que esse conteúdo de qualidade seja aplicado nas mais diversas situações.
Na perspectiva de quem convive com alunos de ensino superior, como você pensa que iniciativas com o Prêmio Bora Falar do Rio contribuem para aproximar a gestão pública da academia através do ensino e pesquisa?
A pesquisa aplicada nos permite identificar as políticas públicas que dão certo e as que não dão. Mas mais do que isso, é importante identificar as razões que fazem com que uma política deu certo ou não. Com isso é possível ser mais assertivo e eficiente. Com isso, iniciativas como a do Prêmio Bora Falar do Rio, que incentiva produção de conteúdo de qualidade sobre gestão de cidades, coloca luz sobre desafios e possíveis soluções. Todos ganham: gestores públicos podem ser mais eficientes, mas principalmente a população tendo acesso a melhores prestações de serviço.